INSINCERO

Há muito não escrevo o que quero.
E de sincero nada passa por meu pensamento.
Reinvento procuras por questões desacreditadas,
preencho meu tempo com suposições inusitadas
e sorvo incertezas num cálice de puro veneno.

Parvo foi o pretexto que dissimulei na escrita
para que pudesse extravazar tanta coisa que não foi dita
e que agora incomoda, formando esse nó na garganta,
quando tento romper com o silêncio, que diante de mim
se agiganta...



 

MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 28/02/2010
Reeditado em 23/03/2019
Código do texto: T2111601
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