Grito de silêncio

Dei-te flores

Rosas vermelhas e brancas de cor

Poesias ardentes simulando a minha dor

Da paixão febril e sem cura

Tantos dias,

Eternos meses à sua espera

E o coração só vivera

Com a saudade doentia

Dei do meu futuro

Sonhos vãos

Temperados de paixão

A sua ausência era ira

A sua presença era lira

E o seu Adeus foi a minha partida...

Amo calado,

Palavras não me valem mais

Aquelas que me cravaram

Mantém-me acordado

Não sonho mais...

Batia a minha mão

Contra o meu peito e dizia

Eu amo e ela me ama também

Tanto orgulho eu sentia...

Tanta vida, quanta rima,

Tristeza não existia

E tão pouco tempo eu diria

Que era tempo de alegria...

O tempo se fechou

A noite esfriou

Foi-se o sol

Que nasceria dia

E os dias que sonhei

Ficaram abraçados

Com a hipocrisia.

Daniel Pinheiro Lima Couto

27/05/06