Eterno fluxo

Sou um fluxo contínuo! Quatro pólos. Não sou os dois lados da moeda, mas o meio da sua circunferência. O tornar e retornar eterno, como a fênix que sucumbe, mas não para a eternidade, o eterno é o seu surgir. Da desgraça se faz graça, da desventura a ventura. Como a natureza de Heráclito de Éfaso, sou um fluxo constante. Comparava o mundo, sem saber, a mim. Pois para ele o mundo é como a chama de uma vela que queima sem cessar, transformando a cera em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar. O dia se torna noite, o verão outono, o novo fica velho, o quente esfria, o úmido seca, tudo se transforma no contrário. Ando com as árvores e paro com a lua. Amo na tragédia e odeio na alegria e versa-vice. Estando vivo a morte não está, estando morto a vida há de esperar. Sou eu como o mar que afoga, mas nutre o pescador. Estando morto a vida não está, estando vivo a morte há de esperar. Odeio na alegria e amo na tragédia e vice-versa. Paro com as árvores e Ando com a lua. A noite se torna dia, o outono verão, o velho fica novo, o frio esquenta, o seco umidece, tudo se transforma no contrário. Pois o mundo é como a chama de uma vela que queima sem cessar, transformando a cera em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar. Comparava o mundo, sem saber, a mim. Como a natureza de Heráclito de Éfaso, sou um fluxo constante. Da graça se faz desgraça, da ventura a desventura. O retornar e tornar eterno, como a fênix que sucumbe, mas não para a eternidade, o eterno é o seu surgir. Não sou os dois lados da moeda, mas o meio da sua circunferência. Quatro pólos. Sou um fluxo contínuo!