Fim do dia.

O sol despedia-se do dia, anunciava seu ocaso...

Negras nuvens de estranhas formas,

acomodaram-se pelo poente.

Um vento incontrolável, surgindo no meio do nada,

rapidamente levantou colunas de areia,

assustadoras cortinas que nos envolveram,

paredes que nos cegaram,

batendo com violência em nossos corpos.

O vento seguiu num festival de raios e trovões

que, como dominando o mundo,

disputavam seu rugir com o mar escarpeteado,

altas e enfurecidas ondas, como que gritando poderes

e mostrando uma natureza ensandecida pela tempestade.

E caiu a chuva em grossos pingos,

lágrimas copiosas que o céu, antes azul,

derramava pelo fim de um entardecer dourado.

Não durou muito, nada dura muito.

Tudo é efêmero como efêmeros são os momentos,

rápido como o amor passando em nossas vidas...

Antes que a noite instalasse seu manto, tudo emudeceu.

Um arco-íris coroou o fim da tarde

e trouxe cores antes do escuro dominar a terra.

Tranqüilo e serenamente, silenciosamente calmo,

o mundo preparou-se para dormir...(IDA)

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 12/08/2006
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