Virtude real

Vou sorver a última gota de ti.

Com a sensualidade de outrora

numa noite secreta.

E você, oferecendo prazer a mim,

fez-se quieta e senhora

de toda relação aberta.

Escancarados entre as janelas,

olhávamos ofegantes a inocência

de horas ininterruptas de amor.

Sem paciência, superávamos a distância pela dor.

Mas essa não nos machucou

e superou o que a realidade pressupôs.

A virtude real revigorou

o que fomos para nós dois.

Rômulo Souza
Enviado por Rômulo Souza em 19/03/2010
Reeditado em 21/07/2011
Código do texto: T2146687
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