Não sou india no corpo e na raça,
mas minha alma é livre e cheia de graça
não tenho cabelos negros,
negros como a noite que não tem luar,
mas adoro um luar,
meus olhos são verdes
assim são as matas do meu Pará,
adoro andar a pé,
adoro banho de Igarapé,
sou livre, sou guerreira
sou mulher,
sou faceira,
não canto,
encanto,
tenho meus rituais,
você pode até achá-los banais,
mas adoro dançar para a tristeza expulsar,
acredito em boto e curupira,
não me importa que me chamem de caipira,
sou livre, sou guerreira,
sou india de Abaeté.... sou mulher
Francineti Carvalho
Enviado por Francineti Carvalho em 12/08/2006
Reeditado em 20/01/2007
Código do texto: T214702
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