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Levanto para mais um dia

A brisa gelada da manhã corta meu rosto

Sinto sua presença como o belo perfume de uma flor

Então respiro fundo e começo minha caminhada

Cinza, fria e solitária

Vago como uma alma abandonada

Que só queria ser estilhaçada

E transformada em uma brisa leve

Para que todas as manhãs

Eu pudesse tocar seu rosto

Acariciar seus cabelos

E espalhar seu doce cheiro

Mas nem brisa posso ser

Nessa miserável vida

E Vivo sem poder toca-la

Oh! Amarga sina

Então pergunto a ti

Destino amargo e cruel

Porque lançastes minha alma

Nesse mundo feito de fel?

Pra quê mostra-la

Se dela não posso ser?

Pra que coloca-la na minha frente

Se em meus braços eu não a posso ter?

Vivo então nessa intensa mania de te querer

E morro um pouco a cada dia

Pelo simples fato de não te ter