FRUTO PROIBIDO

FRUTO PROIBIDO

Perseu, por que me persegues?

Sou eu acaso o que irritas?

Persegues-me pela minha devoção ao amor.

Há de me castigar pelos meus feitos calorosos.

Onde está o lindo e grande mar que, outrora lia

suas lindas poesias.

Visto de um manto escuro minh’alma.

Revivo a cada dia meu eu, meu ser, meu tudo.

Persigo aquilo que me descaminha que, me encaminha.

Minh’alma vai além do horizonte

Onde encontroa outra essência, a que me renegou.

Persegues-me Perseu por estar derrotando a incrédula medusa?

Esse monstro que teima em assombrar minh’alma.

Dar-te-ia tanto, quanto mais a mim merecesse

Esvazia-se meu corpo, aonde a alma se vai

Como areia entre meus dedos, se vai.

Me desfaço dessa luta que travei.

Perseu por que me deste de beber deste cálice?

Cujas gotas são o efêmero do meu ser

Que entre sussurros e abraços,

confidencia firmando o laço,

Brotava o amor incontido.

Que possa AFRODITE de mim tirar o gosto do fruto proibido, que insiste em me dilacerar.

Onde seus caprichos, desvendam meus mistérios

Que ao olhar de ZEUS, nestas noites intermináveis,

Pudesse meu grito não mais ser absorvido,

calando-me sempre na solidão.

Ah! Pudesse meu grito alcançar os teus ouvidos

Repousaria em tempo finito, na pureza de seus sentidos.

MARCO ANTÔNIO DE LARA MENDES.

EXCALIBUR
Enviado por EXCALIBUR em 23/03/2010
Reeditado em 04/08/2014
Código do texto: T2154229
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