HERANÇA
Quem é de quem?
Poderia dizer?
Ninguém é dono de ninguém
Quem tem a razão?
Ousaria afirmar?
Se avalia pela intenção
E achar que sempre está certo
Quando o errado caminha tão perto
Por orgulho se afogar em ilusão
Ao final tudo terá sido em vão
Reconhecer dói?
Poderia dizer?
A prepotência corrói
Já tentou viver?
Ousaria afirmar?
Não demore a entender
Como gira veloz esse nosso mundo
Tornando tão precioso cada segundo
Atitudes que refletem dias incertos
O que contará a seus filhos e netos?