FINGIMENTO

Quem sabe a gente

finge que é outro dia

e enche o cântaro

com palavras de ninar.

Quem sabe a gente

desalinha o tempo

e conta outra história

sem tantos parágrafos.

Quem sabe a gente

cobre a dor com metáforas

e deita-se na grama

para ver estrelas.

Quem sabe a gente

corteja a palavra

e vira escudeiro

de um poema_vida.

Fátima Mota

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 24/03/2010
Código do texto: T2156468
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