Pergunte ao pó.....

Onde estão as lembranças da infância

me via inocente livre da intolerância

Da violência nas ruas sem tamanho

Na descrença do homem ,esse estranho

Trazer à tona o que se esconde n'alma

Sentimento dual sensação que acalma

Nas mobílias da mente o pó acumulado

Há marcas na memória deixada de lado

Pergunte então ao pó sobre a emoção

perdida na linha do tempo como oração

Resquícios de uma vida outrora sofrida

cicatrizes abertas revelam velha ferida

Espanar lentamente pensamento sombrio

que sorrateiro aguarda sem nenhum brio

Nessa batalha diária entre o bem e o mal

Vencedor ou vencido tudo volta ao normal

Pergunte ao pó - sobre tristeza e fracasso

A decepção molda esse coração de aço

Fortalece o espírito ensina a caminhar

sobre brasas vivas para depois aninhar