Arrebol
Arrebol
Deus perdoe as minhas carências,
floresceu a vara de Aarão
e o coração continuou
empedernido,
no deserto, não creu.
Os olhos açaimaram
toda a fé:
“Bem aventurados os que não viram...”
Ah! Deus, mas sofre meu
corpo e o coração
é dado por despojo
aos homens tardios.
Vede-me as cicatrizes
e a mortalha?
Eu não escapei, Senhor!
De mãos ansiosas
afaguei o amor
e seu pulcro espectro,
dissolvido num sol-das-almas,
mostrou-me meu opróbrio.
Visita-me ó Deus com misericórdia
para que não ame mais em vão!
Claudia Lidroneta