Arrebol

Arrebol

Deus perdoe as minhas carências,

floresceu a vara de Aarão

e o coração continuou

empedernido,

no deserto, não creu.

Os olhos açaimaram

toda a fé:

“Bem aventurados os que não viram...”

Ah! Deus, mas sofre meu

corpo e o coração

é dado por despojo

aos homens tardios.

Vede-me as cicatrizes

e a mortalha?

Eu não escapei, Senhor!

De mãos ansiosas

afaguei o amor

e seu pulcro espectro,

dissolvido num sol-das-almas,

mostrou-me meu opróbrio.

Visita-me ó Deus com misericórdia

para que não ame mais em vão!

Claudia Lidroneta

claudia lidroneta
Enviado por claudia lidroneta em 31/03/2010
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