O POETA E A CIDADE 12
O cais é de onde parto,
Onde fico:
Conflito...
Disso tudo que deixo.
Os nomes,
Os medos,
As cores quase todas em cinzas,
Das janelas em adeus!
E teu rosto:
Não deixei, não.
Guardei onde só eu sei!
Do cais é de onde parto,
Onde fico:
Conflito...
Não volto,
Seguindo sempre em tempestade,
Cá o mar, em mim
Maré alta.
Não volto...
Meu cais está aonde sou!
E agora, sou vela...
Vela em mar aberto.