Coração inconstante...

Dentro de cada olhar, um silêncio, uma voz complacente

A cada sorriso forçado, suspiro abafado... silêncio doce.

Como a volúpia de cada instante sob a névoa de julho...

As memórias que mais falam, até parecem estar contentes.

Livrar-me de toda mágoa, não é tão fácil quanto escrever

Quanto poetar enquando quase durmo... aqui... algo reclama,

São as idéias... e elas não param... um trânsito de se temer,

Dói, mas também as vezes me dá força... queima como chama.

Exatamente. A chama. A mesma que consome, mas ateia,

A mesma que me acaba, essa mesma chama de incêndeia!

Sinto dentro como uma canção adolescente... incrivel!

Repito e não me canso, logo, já não suporto mais nada...

Não apóio inconstâncias... mas como ser constante?

Num universo em que sinto algo novo a cada instante?

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 03/04/2010
Código do texto: T2175961
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