VESTAL


Numa caixa vazia
Vivia agora ela
Monótona, do nada...

Apenas eco
Afagava a madrugada
Na calada da esperança
Que se rindo à toa
Assim escutava, sem pressa
O passado em reza.

E, prenhe do agora, ainda
Por essa carta então pedia
Como as lágrimas já sabiam
Deixando na sua escrita
Um quê da praia desejada
Recente do desejo intenso

Na língua dos apaixonados