.cotidiano.
ainda morro por essa rotina.
esse vai e vem
que me indigna.
quantas vezes passei por aquele sinal?
e vi aquele homem que vendia o jornal?
quantas e quantas vezes
baforei meu cigarro enquanto contava na mente
minhas parcas vitórias.
inutilmente.
porque os dias são sempre longos pra quem sobrevive à essa masmorra de pedra.
ainda morro.
mas antes tomo mais um gole dessa cerveja gelada.
que amarga menos que o cotidiano.
porque como sou insano.
e gosto do profano.
acabo com a vida...
vivendo à deriva.
ana maria de queiroz
06.04.2010