.cotidiano.

ainda morro por essa rotina.

esse vai e vem

que me indigna.

quantas vezes passei por aquele sinal?

e vi aquele homem que vendia o jornal?

quantas e quantas vezes

baforei meu cigarro enquanto contava na mente

minhas parcas vitórias.

inutilmente.

porque os dias são sempre longos pra quem sobrevive à essa masmorra de pedra.

ainda morro.

mas antes tomo mais um gole dessa cerveja gelada.

que amarga menos que o cotidiano.

porque como sou insano.

e gosto do profano.

acabo com a vida...

vivendo à deriva.

ana maria de queiroz

06.04.2010

Ana Maria de Queiroz
Enviado por Ana Maria de Queiroz em 06/04/2010
Reeditado em 28/06/2010
Código do texto: T2181285
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.