Alquimia do Poente

Quem dera

Enxugar das palavras

As lágrimas que rolam

Par em par a romper

O silêncio dos dedos

E de metáfora em metáfora

Ainda fosse possível

Deixar-se ir e acompanhar

O adeus que jamais se ergueu

A dúvida que afinal permanece

E que ao final dos dias

Todo o tormento findasse

Como a luz que se inclina

E despede-se suavemente

Até anoitecer