Festina Lente, hic jacet.
Minha vida não é dita por mim,
meus esforços revelam o teu desejo.
Tu és a menina dos teus próprios olhos,
fazes os teus próprios ensejos
Caminha por infinitas incógnitas,
constrói os seus primeiros passos.
Domina qualquer ser humano,
desata o teu próprio laço.
Não cabe em nenhuma referência
revela sempre toda sua ausência
e quanto mais procuro decifrar,
desisto e prefiro me entregar.
Caminha ao lado da razão,
nem sempre faz jus a sua compleição
intrínseca, inevitável, pura
navega entre o mal e a cura
És passagem, veracidade e existência
Suplicam tua essência, descartam sua presença
por mais que seja causa e conseqüência,
espero que me esqueça.