Perfume de poesia

Pensei esta tarde enquanto estava deitado

Imóvel e tremente,

Assim que pudesse,

Em escrever nas folhas das arvores

De frente da casa onde moro

Arvores bem copiosas

Em cada folha uma letra

Assim quando o vento as balouçasse

Ventos anunciantes das águas do céu

Choveria primeira à medida que as folhas se soltassem

Uma canção de poesia

Pensei nisso

E fiquei feliz com isso...

Do quarto escuro

De lá todas as cores via

É isso...

Uma chuva muito particular

Águas ventos e folhas zunindo,

Adentrando pela janela

Indo até onde estava eu

Como a ensejar que eu cresse...

Perfumando tudo de poesia

Dedicada:

AAS ARVORES DE FRENTE ONDE MORO,

AINDA NÃO O NOME DELAS,

DOIS QUE SILENCIAM...

AAS FOLHAS CAIIDAS,

AS QUE ESTAO AQUI LOGO EMBAIXO CARCOMIDAS,

SE TRANSFORMANDO EM CHÃO,

AMACIANDO O CHÃO ONDE TODO DIA

PISO LOGO CEDO, DE MANHÃ

E DE NOITINHA AO CHEGAR,

ELAS SAO AS QUE VEJO

ANTES DE SAIR E DEPOIS DE VOLTAR,

E TAMBÉM AAQUELAS QUE O VENTO LEVOU,

AMARELADAS, MEIO INDECISAS QUANTO A COR,

QUE SAIBAM QUE LEVAM

MUITA POESIA,

E AQUI FIZ UMA QUE DELAS,

MAS SÃO PRA ELAS,

NÃO BROTOU...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 11/04/2010
Código do texto: T2190703
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.