viagem
Na verdade o meu navio não existe,
antes os meus pulsos possuem a força da quilha,
a minha voz a minha vela primária.
As viagens marítimas, que eu percorro,
na verdade são o meu caminho no chão, os
meus mapas a minha alma,
Sei das conquistas pelos teus olhos,
pelo teu cheiro persa nas minhas palavras,
do sal marinho, pela intensidade dos abraços.
Na tua ternura o rumo do novo país,
a terra quente da felicidade.
Embora os escombros da caravela,
acendo o pavio da alegria, porque todos
os que estão e os que foram tenham sido um
propósito,
A grande viagem em estafeta, um mundo
tão utópico como o amor que contraio.
Haja um final na viagem, procurarei outro desafio.