viagem

Na verdade o meu navio não existe,

antes os meus pulsos possuem a força da quilha,

a minha voz a minha vela primária.

As viagens marítimas, que eu percorro,

na verdade são o meu caminho no chão, os

meus mapas a minha alma,

Sei das conquistas pelos teus olhos,

pelo teu cheiro persa nas minhas palavras,

do sal marinho, pela intensidade dos abraços.

Na tua ternura o rumo do novo país,

a terra quente da felicidade.

Embora os escombros da caravela,

acendo o pavio da alegria, porque todos

os que estão e os que foram tenham sido um

propósito,

A grande viagem em estafeta, um mundo

tão utópico como o amor que contraio.

Haja um final na viagem, procurarei outro desafio.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 18/08/2006
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