DOCE MISTURA
Abra seus olhos e veja os vãos
Que nossa relação mantém.
Alguém beijou sua boca como meu poema?
Que versos tocaram seu corpo como minhas mãos?
Troca meus versos pelo de alguém,
O calor do meu poema que seu corpo sufocava.
Acostumou-se tanto com o sussurro tumular,
Que despreza o que dizia que gostava,
É loucura, loucura deixar de amar.
Meu verso se faz na sua doçura infinita
Grita numa procura, incoerente procura
Do que minha lembrança ainda fita.
Queria você eternamente pura.
SSABA 12/4/2010