os poemas

os poemas que não se lêem estão em cofres fechados

escondidos em bosques encantados por fadas e duendes.

São cores, águas e sombras, luzes e chuvas, vazios e ventos

que as fadas e os duendes fazem saír

nos meninos travessos e no brilho dos olhos das princesas,

e os poemas crescem nas barbas dos poetas

que se encantam com as travessuras dos meninos e com os olhos das princesas,

e as palavras cruzam-se, compõem-se e decompõem-se, descruzam-se

e os poetas e os meninos e meninas (que crescem) demoram-se de olhos nos olhos

olhos nos olhos, olhos nos olhos...e multiplicam-se os poetas

e do relâmpago dos olhares soltam-se estrelas que fazem mais fadas e duendes,

que guardam mais cofres. escondidos em mais bosques

e depois há poema, há poema, poema....

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 18/08/2006
Código do texto: T219561