os poemas
os poemas que não se lêem estão em cofres fechados
escondidos em bosques encantados por fadas e duendes.
São cores, águas e sombras, luzes e chuvas, vazios e ventos
que as fadas e os duendes fazem saír
nos meninos travessos e no brilho dos olhos das princesas,
e os poemas crescem nas barbas dos poetas
que se encantam com as travessuras dos meninos e com os olhos das princesas,
e as palavras cruzam-se, compõem-se e decompõem-se, descruzam-se
e os poetas e os meninos e meninas (que crescem) demoram-se de olhos nos olhos
olhos nos olhos, olhos nos olhos...e multiplicam-se os poetas
e do relâmpago dos olhares soltam-se estrelas que fazem mais fadas e duendes,
que guardam mais cofres. escondidos em mais bosques
e depois há poema, há poema, poema....