Reservando-me
Reservando-me
Angélica T. Almstadter
03-03-05
Reservo-me de novo na emoção de reler
Beber em cada poetar a alegria dos velhos dias
Cantando a tristeza ou alegria do amanhecer
Versos rabiscados, verdades em doces utopias
Fecho nas mãos em concha, o tempo
Que não volta...escorre no vão dos dedos
O que foi harmonia num momento
Se perde na roca tecida de segredos
Só resta na mesa de linho exposta
A lembrança amarelada e dispersa
Do que era a vida antes composta
Desalinhada nos dias sem conversa
Pela esperança que ainda me gosta
Reservo-me em saudades submersa