Sebes azulejadas

Não fales com silêncios,

Nem me entalhes nas veias, longas ausências.

Abraça-me o amâgo,

Os pensamentos que já se arrojam

Na via de Santiago;

Nas asas caducas dos surdos mochos.

Deita-me no horizonte

Dos teus benquistos olhos,

Nos arvoredos dos sonhos plantados.

Ama-me nas corolas amarelas,

Ternas, aveludadas...

Não me ofertes sebes azulejadas.