Há-de haver um tempo em que não me sinta só.

Há-de existir uma felicidade que não seja passageira

Há-de ocasiões em que dias não sejam mó.

Há-de ceder O Grande Espírito, uma eira e uma beira.

Há-de ser seu Silencio eloqüente oração.

Há-de um dialogo de olhares e laços,

Há-de algo muito além de anseios e coração

A mais bela Bondade,de beijos e enlaços.

Hão-de existir estreitos passeios, e noites de prazer.

A existir meias tintas, e tonalidades puras.

Hão-de existir dias, de uma agudeza extrema.

Que parecerão as águas cristalinas; pinturas.

Hão-de ser o seus silêncios; a presença.

De quem está, e quer parecer que estava,

Há-de ser aquela companheira a quem amava.

DON ANTÔNIO MARAGNO LACERDA

Prêmio UNESCO/poemas.

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DON ANTONIO MARAGNO LACERDA
Enviado por DON ANTONIO MARAGNO LACERDA em 04/06/2005
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