Consumado est

De que me valem as poções,

Os tarots e as cabalas;

Se nem os rituais de adivinhações

Me conduzem além das ante-salas?

Eu que conheço do fogo a magia,

Do pêndulo a maestria,

Eu que conversei com gnomos e fadas,

Flertei com a lua em noites encantadas;

Queimo e ardo, em brasas de aflição

Na pira dos rudes sacrifícios,

Onde se perpetua a consumação.

Não me salva a carne dos ofícios,

Da tatuagem da Santa Inquisição;

Para respirar entre os martírios

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 04/06/2005
Reeditado em 04/06/2005
Código do texto: T22044
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