Uma noite como outra qualquer
Não me venha com esse papo
malacabado e sujo.
Não me venha com esse baton
borrado.
Não me venha com esse sorriso
irônico e desafiador.
Não me venha com esse beijo
gasto.
Dancemos conforme o tom
que o bom é fingir.
Brindaremos em descompasso
pois o bobo é quem sorri.
Chega, não me venha com rimas
velhas; malacabadas e sujas.
Deixe os pseudos-alguma-coisa
se embebedarem e criarem sentidos.
¡Vamos bailar!
A música ecoa, descompassada;
brindemos à simplicidade!
Façamos de conta que fazer de conta
é nossa brincadeira favorita.
Retoque seu baton, conte-me uma história;
sorria e me beije, finja que está tudo certo.