eu que fui...

Eu que fui o mestre, não sou mais

E para aqueles que passaram pela porta

Do destino, não lhes sabe mais voltar.

Vejo uma inspiração que me segue pelo ar.

Vejo o verde do meu pequeno ser à brotar.

Que prazer se manifesta nessa contemplação?

O prado que se passo a olhar

Não me tira do pensamento as visões

Do portão do destino.

Penso que se um dia eu passar por ele,

Me jogue no céu daquele buraco, pois

Na minha terra quero servir de excremento

Para o prado que se encontra lá

E os gados que passar por ele

Se alimentem no meu simples lar.

Um dia quando todos passarem

Pelo belo portão, no meu sitio hão de

Chegar e no verde do meu prado

Todos irão descansar. E a morte

Descansa funebremente por lá.

Edmir Junior
Enviado por Edmir Junior em 20/08/2006
Código do texto: T220812