IDOSA

Quando me foge a realidade,

busco em minha retina azulada

de madrepérola opaca,

Imagens,

sabores.

O pão que minha mãe me deu

às duas da madrugada

com toicinho e cebola,

que o médico aquiesceu.

Como se eu fosse

a minha doença

e a minha cura.

Não, não saio mais daqui.

Para onde mais iria?

Se tudo que sou

e o que sei

ficou em um tempo

que estacionou por trás de mim!?

Não, não vivo mais aqui.

Se tudo que tenho e sonho

morreu antes de mim!?

Gladys
Enviado por Gladys em 20/04/2010
Reeditado em 12/01/2013
Código do texto: T2208930
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