Triste azul

Não preciso de ninguém além

De ti, acompanhada submetendo-se às tentações

E os nossos momentos mais felizes

Remetem-nos a partidas e desolações

O espírito da ludicidade nos penetrou trazendo

Sem pedirmos, um regozijo efêmero de uma fidelidade dúbia

E preteridos, aprendemos a manusear os lápis coloridos

Desenhamos, com eles, nossas personalidades e nossos corpos feridos

Focamos num relacionamento de júbilo frágil

Façamos um brinde, um brinde em silêncio com os piores

Tintos secos, solenemente, sabemos que são diferentes

Mas ainda sou do tipo dos que esperam coisas melhores

Seus tons azulados, suas covas no rosto lânguido

Mergulhado em sombras, sem ornamentos

Emoldurado pela confissão, verídica e duvidosa

E o resultado dessa colisão, acabou-se em rescisão

Numa desagradável ruptura de beleza dolorosa

*À Joni Mitchell, canadense, nascida em 7 de novembro de 1943.

*Em 1971, a cantora lançou o álbum confessional “Blue” que vendeu mais de um milhão de cópias pelo mundo.

*Ao conteúdo desse álbum, presto minha homenagem.

Marciano James
Enviado por Marciano James em 20/04/2010
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2209309
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