Pequenas Mãos

Quem na verdade não me diz mentira? Quem fica do meu lado quando eu sinto medo?

Eu fico a mercê do desespero, me sento e escolho com quais palavras eu me firo mais, sinto ódio de mim mesmo, de todos esses atos inconseqüentes e de toda minha arrogância.

Decidir o caminho a seguir, decidir com que meio chegar, decidir em quem confiar.

Eles não ligam pra mim, só querem dar risada e me ver pedir esmola, me ver sufocar com minhas próprias pequenas mãos.

Não vou deixar vocês minhas, tão minhas pequenas mãos me matarem, eu lhes dei vida, confiei todos os meus segredos e vocês me traíram.

Agora não fico mais sozinho, onde vou ou onde fico, vocês me escutam e mesmo que eu não queira vocês sempre estarão lá, espreitando o que eu deva estar pensando.

Minhas pequenas mãos, terminem o serviço, aposto que não será nenhum sacrifício.

Juliano Rossin
Enviado por Juliano Rossin em 20/08/2006
Código do texto: T221077