Universo em desmonte

À noite me vejo só... indeciso.

Não sei o que fazer... além de um sorriso,

Não sei aonde ir... além de uma terra distante,

Não sei qual tempo viver nesse instante.

Mas não há como alcançar o horizonte

Não há como ir além do universo

Que nos cerca, nos cria, nos esconde

Sem temer a vida ou um verso

Como o meu que o desmonte.

No quintal da via láctea

Penso amores em belas cores

Jogo a casca da noz pela janela

Que espelha todos os horrores

Sempre além dela

Nesse momento sem ela.

Desisto em pensar em tudo

Que deixei para trás, que está porvir

Porque além da roda do devir

Há nada mais que nada

Ou que o vazio em estudo

Que dizem existir

Mas que confunde o mundo...

Todo o mundo... Toda a rede...

Toda a água... que me dá sede.

Ernesto T
Enviado por Ernesto T em 26/04/2010
Código do texto: T2220379
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