Poesia de Bolso 45 ( Metáfora? )

Artrópode errante dos mangues

Devoro as sobras, recolho exúvias

Óbulos na natureza nutriz

Ósculos fermentados de mãe

Em minhas fomes cambrianas

No âmbar fossilizadas

Deixadas na lama de um tempo futuro

Quando quebrar a casca

Que me envolve agora

Envolve o risco de não saber

Se sobrevivo à última ecdise.

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 21/08/2006
Código do texto: T222127