Coiotes e calafrios

Nos matamos a cada noite

E de dia ficamos a chorar

A sociedade é um coiote

Sedento de corpos a sangrar

As notícias que fazemos

Nos dão longos arrepios

E nem mesmo percebemos

Que somos da Paz, o calafrio

Em nossas ruas e morros

Guerra Civil em andamento

Nos corações do nosso povo

Cresce raiva e ressentimento

Infelizes aqueles inocentes

Que não viram a beleza da flor

Pois logo cedo os indecentes

Lhes apresentam nossa dor

Caminhamos em meio às cinzas

Em meio ao sangue, ao desespero

Ligamos a TV loga à matina

Para nos alimentar de nosso medo

Rhaianne Felinto
Enviado por Rhaianne Felinto em 27/04/2010
Reeditado em 03/04/2012
Código do texto: T2222631
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