Coiotes e calafrios
Nos matamos a cada noite
E de dia ficamos a chorar
A sociedade é um coiote
Sedento de corpos a sangrar
As notícias que fazemos
Nos dão longos arrepios
E nem mesmo percebemos
Que somos da Paz, o calafrio
Em nossas ruas e morros
Guerra Civil em andamento
Nos corações do nosso povo
Cresce raiva e ressentimento
Infelizes aqueles inocentes
Que não viram a beleza da flor
Pois logo cedo os indecentes
Lhes apresentam nossa dor
Caminhamos em meio às cinzas
Em meio ao sangue, ao desespero
Ligamos a TV loga à matina
Para nos alimentar de nosso medo