665,999...

De repente o gelo queimou como fogo,

O vento de tão suave cortou o meu rosto.

E a vida morre proclamando a sorte

A minha sombra corrompe a água serena.

Mas nada há de fugir no vale da água.

De repente o mundo caiu no fôsso.

A minha cabeça explodiu

E o som surpreendeu o deus do inferno

E todos vieram a tona

Gabar do nosso momento imóvel.

De repente os animais escandalosos fugiram

Eu que era um cisne não sou mais nada

Como pode o fim começar agora.

Apollo cante para o deus da morte.

Bebi da água do rio naquela noite.

Não me lembro quem sou

Sei que sou um cara sem sorte

Que bateu no rosto da morte.

Quem sabe a morte seja o meu infinito...

Quem sabe o infinito não dure com a morte...

Quem sabe ao menos para que lado ir, quem sabe?...

Edmir Junior
Enviado por Edmir Junior em 22/08/2006
Código do texto: T222382