Doces olhos...

Ah esses nossos olhos que teimam em se encontrar...

Eu ainda teimo, me tento a te esperar no mesmo lugar você estar...

E essa luz e vida, a vela que queima o fogo, a brisa que deixa partida...

Seus olhos me deixam sem graça, e você não se disfarça...

Seus olhos doces assim, trazem encanto pra mim...

Sinto meu gesto entre o teu, e o teu olhar a me sucumbir...

Doces olhos de alguém que quer amor, só procura isso em si...

Exausta lhe digo que não quero partir da sua presença...

Ausência tu me deixas quando sai sem se despedir de mim...

E minha voz acompanha a tua voz, doce e estranho olhos...

Meu porto é tão quieto, não ouço nada além do vento...

Meu sentimento te procura em cada pensamento...

Essa essência desordenada, o seu cantar de um olhar...

Sereno, silencioso, estranho é assim te flertar...

No íntimo da noite assim procuro então rezar...

Mas são tantas lamentações do meu amar, do meu pensar...

Chego a mesmo a brigar com o meu próprio falar...

A fé não desespera, porque o sol é maior do que eu...

As aves da manhã me trazem alegria de um canto novo da vida...

As ruas que caminho são passos lentos até você chegar...

Olhos doces que me encontram pela vida e meu despertar...

Se finda em meu pensamento os teus olhos e o teu jeito...

Quero ouvir a primavera e fazer do inverno o meu desterro...

De repente eu veja a gente, os nossos olhos se encontrar...

Mas os teus eu nego mais, são doces olhos que não voltam atrás.

Roberta Mendes de Araújo
Enviado por Roberta Mendes de Araújo em 29/04/2010
Código do texto: T2226801
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