o enigmático dia de amanhã
haverá, por certo amanhã uma conjura,
entre o sol e a lua,
não haverá noite sem o dia,
não se fará promessa nem jura,
que não se faltará.
certo serão as árvores num plácido silêncio,
bebendo a terra, os rios levando água,
talvez as nuvens rezando chuva.
Não há hoje sinais de Deus, na Montanha.
Mas amanhã haverá palavras fazendo oliveiras.
estou certo que algo brotará de uma pedra,
uma nova canção, um vento em melopeia.
tudo se fará assim certo, se continuar a haver poeta,
e leitor devoto de poesia.
e os dias serão assim repetidamente constantes
e diferentes
em outros olhares
se houver mais um dia