No álcool, na lua, ver ela nua!

Eu não aceito conselho

Quando você vir me dizer

Que o álcool não posso beber

E a lua não reflete no meu espelho.

A combinação certa para dizer

Que estou sozinho no meu lar.

Agora não posso reclamar sem par

Mas assim a escuridão hei de ver.

Vermelho como magma aqui estou.

Não sei se brilho mais que a lua

Ou se penso no meu amor quase nua

E contemplar o beijo que ela me roubou.

A como eu queria beber na lua

Onde o tempo não se esconde

E ver na minha sepultura: “Aqui dorme um conde...”

Bem no cemitério que fica atrás da lua.

Vejo a terra lá na altura

Tão pequena a bela nua

E desta vez menor que a lua

Pois quando bebo sou cheio de amargura.

Edmir Junior
Enviado por Edmir Junior em 23/08/2006
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