Diálogo no Silêncio

Bom dia, Mestre !

Há quanto não nos vemos.

Deste espaço físico em que partiste

Estático permaneço ainda,

A observar o infinito em que te encontras

Emanando bênçãos para os que te amam.

Bom dia, Pai !

É teu filho que surge agora

Da cegueira adolescente da vida.

E, compreende a tua verdadeira herança

De acrescentar um pouco de alegria e esperança,

Em todas as pessoas que nos cercam.

Bom dia, Amigo !

Pode ter a absoluta certeza

No segredo de tuas amargas confidências,

Adormecidas em meu coração sofrido.

Perplexo, diante da nossa breve convivência,

Onde nasceu a amizade que ora é um profundo silêncio.

Por Alexandre Boechat

Novembro de 1980.

Alexandre Boechat
Enviado por Alexandre Boechat em 23/08/2006
Reeditado em 10/08/2018
Código do texto: T223225
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