Até abrir caminho pro paraíso

As vezes sou eu lírico

As vezes sou eu mesmo

Algumas etílico

Noutras tiro a esmo

Sou um louco preso ao jogo

De ter nascido nessa era

O fogo que me consome

É o de minha quimera

Sinto-me seta

Na imensidão azul

De norte a sul

Apontando pra outro planeta

Quando deito no teu peito plural

Eu sou o cometa

E sinto a singularidade

Que só sente quem ama

Meu grito vogal

Já não mente

Não é dor, nem chama

Quem se habilita

A ser amabilissíma?

Ricardo Villa Verde
Enviado por Ricardo Villa Verde em 05/05/2010
Reeditado em 05/05/2010
Código do texto: T2238272