Embriaga-me a poesia

Pode parecer loucura

Até fraqueza ou ilusão

Mas para mim é cura

Da ausência e solidão

Fazer versos loucos

Rimas pretensiosas

Sorver poesia aos poucos

Em taça de vinho preciosa

Embriaga-me, liberta-me

Quando me percebo outro

A madrugada me absorve

Então, desejo um tesouro

Não são jóias nem pérolas;

Nem ouro. Tudo se resume

Em incríveis sons: Palavras.

A verdade Poética assume

Em nova realidade

Esta eterna poesia

Que não tem idade

Assume e me vicia

Seduz-me com sua luxúria

Teu perfume sinto na alma

Paixão e amor se misturam

A poesia sempre me salva

Embebedo-me deste vinho

Sem saber como voltar

Pois nunca sei o caminho

Alma flutua, paira no ar

E quando vejo escapa

Veloz a mente viaja

As taças estão cheias

Sou barco a velejar

O vento que inspira

Me faz outro mar

Nos céus da poesia

Eu sei que é amar.

A poesia sempre me salva.

Walter Branco
Enviado por Walter Branco em 05/05/2010
Reeditado em 05/05/2010
Código do texto: T2238826
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