Manhã

Sol que nasce barulhento

e que sem cerimônia usa

a montanha, a mais verde,

como abajur pra não cair

gordo em cima do mundo.

Alvíssaras! Agora eu vejo

as cores dos passarinhos

que escondidos na árvore

mágica da minha infância,

gargalham umas canções

das quais sou o tradutor,

para quem tiver vontades

de ser na manhã o dono

das liberdades para voar.

Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 08/05/2010
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