De tudo... duendes não existem

De tudo que escrevi,

de tudo que vivi,

eu quero que fique tudo

tudo embaralhado

tudo claramente confuso

porque a certeza é oblíqua

a verdade ofusca o que realmente é

De tudo que eu sou,

de tudo estou,

eu quero que vejam pouco

pouco menos do que deveriam

porque enxergar demais é ver de menos

e quando tudo é sensível, há pouco o que se adivinhar

Adivinhe certo

quando certamente erraria

que eu sei que nunca é fácil ficar

quando já não está

Mas de tudo,

escutar as vozes

ver os sinais

que nos enganam

e acreditar

porque é bom

porque é gostoso mesmo que não valha a pena

papai noel é quem estava certo...

duendes não existem

Fogo Selvagem
Enviado por Fogo Selvagem em 09/05/2010
Código do texto: T2247344
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