poesia ingênua

Quão belo o arlequim do seu riso tracejado de grafite-açúcar. Seu aflautar imaginoso-colorido, melodia amarelo carmim, ‘aguarela’ flutuações de suaves matizes e compõe líquida fotocromia à ponta do meu lápis. Rodopia no papel esboços de belas, feiticeiras e feras envoltas em sedas rosas e lilases. Cabelos esvoaçam tonalidades cítricas e o pequeno arlequim, com seu coração balão brinca entre lonas azuis, sopra-me aos olhos a brisa-arco-íris e a inspiração reluz em delicada magia à ponta do lápis como pó de encantamento e m'embriaga...

[Hora de fechar o porta-lápis, recolher os papeis, apagar o quebra-luz e sonhar poesia , antes que o pierrô apareça e me comova com sua face em lágrima coberta de açúcar e me inspire despertar a semente do meu Ser criança....]