ZERO

Jamais no poema cabe uma felicidade

Muito menos

Uma dor

Nem sequer apertada entra

A lógica rabugenta

Da verdade biológica

Não entra na estrofe o pranto d’alma

Não cabe ali a precisão da matemática

Mas cabe a conta que somada

Dá um resultado que reza

Somos nada