... Os sonhos...

As retas soltas... Espalhadas as varetas... Dezenas de pontas.
As sílabas ditas... O vocabulário completo... Os vértices diagnosticados.
Andarilho, o coração dita as regras... Fala pelos cotovelos, sem pressa...
Assim, cordialmente... Cardíaco recado, ao pé do ouvido...
Sonhos marcados... E a vida agitada... Não me resta mais nenhuma palavra.
Gosto dos sinos que ouço... Saboreei os momentos mais nobres, mais doces...
Agora,
Resta-me lançar ao infinito... Retirar os véus que comportariam apenas as tuas palmas... Abrir a guarda... Lançar-me ao vento.
Ainda penso... Que nascemos sós... E, permeados pelos ditames do agora, somos sóis... Astros... Estrelas... Girassóis com as pétalas quebradas.
Guardei o bilro, dentro das gavetas...
Agora,
Soluço as veias... E lembrarei das esquinas que nunca fui... Sonhos que acordam.


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