Adivinhe
Não gosto de branco nem de preto
Mas gosto de cada um em cada dia, ou misturados.
O dia é belo, e há certezas
Mas a noite é colorida, e suas incertezas me fazem viver mais
Pra desvendá-las...
Ódio ao doce, amor pelo salgado, e paixão desconjuntada pelo chocolate.
O frio é a minha estação e o calor me dá o aconchego de quem não tem ninguém.
Pelas estrelas percebo que são três da manhã, e eu digo que odeio a madrugada;
O relógio agoniza meio-dia, e eu começo a detestar a luz do sol.
Aquela beleza que ontem me fissurava, hoje é cansativa
E inútil aos meus olhos.
Aqueles cabelos mal-cuidados, e suas palavras doentias
Hoje soam como verdades absolutas e... doentias.
Vontades que me malucam, e outras que nem me tocam.
Passam dias e horas, e eu já não sou mais a mesma.
Num minuto eu te absolvo e te condeno,
No outro eu me enforco e me ressuscito.
Hoje eu sou o messias
E amanhã o anti-cristo.