VERITA VINO

Se, tens a verdade única,

Se me faz perder o senso,

O qual ser o bom: penso,

Visto tua vermelha túnica.

Reflete o brilho d’olhar

Na película d’aquela borda.

Deixa-me ludibriado a sonhar

Com o acordar de uvas mortas.

O Baco que me perdoe,

Bebo com mais ardor

E risadas que na cave ecoe

É o som de singular sabor.

Sempre em boa companhia,

Presença forte e feminina

Num prazer que contamina

A realidade, por magia.

O repouso do depois

O branco também requer.

Quando o sono for a dois,

Que seja com uma mulher.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 22/05/2010
Código do texto: T2272452
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.