Em meio tom

Outra vez

Em meio tom de luz,

No quarto,

Envolto em lençóis escuros,

Entre beijos e palavras.

A pele assoma-se ao desejo,

A subtrair sem medo a face,

Pela dor , que goteja,

Num sem nome de profano,

De profundo,

Profano... Insano.

Pecado,

Amor.

Num sem voz do tempo,

Quanto mais perto... Saudade,

Que invade, consome,

Na necessidade da idade.

Mesmo sem saber ler,

Mesmo sem compreender,

Te amo pelo ser.