REBENTO POÉTICO



Um turbilhão de sentimentos me invade
viajo na calda do cometa pensamento
tal qual corcel alado solto ao vento
me extasio neste ensaio de alquimia...


Vertendo lágrimas de sangue me deleito
por entre nuvens em celeste sinfonia...
Preservando a castidade querubim
sigo Baco em mil noites de orgias...
Num emaranhado de imagens e vocábulos
a dor de parto o rebento prenuncia
e ao primeiro choro a alma apascenta
Quando enfim nasce mais uma poesia.


Bendita é a poesia
Que acontece na retina
Porque se sabe ver! 
Bendita é a poesia  
Que acontece no coração  
Porque se sabe sentir! 
Contemplar o invisível, 
Viver os sentimentos por inteiro, 
Pensar o impossível, 
Cultivar a beleza da vida, 
Estar atento aos gestos e pessoas, 
Observar os elos que se formam... 
Esses os apetrechos do poeta.  
Bendita é a loucura da mente, 
De veias, músculos e sangue 
Que faz nascer a poesia.
 
Para você, querido amigo Cosme, como dueto ao seu poema. 
Beijos, Kathleen ML

Cosme Belizário
Enviado por Cosme Belizário em 29/08/2006
Reeditado em 18/11/2006
Código do texto: T228095